Novembro de 2019

Novembro se inicia e temos duas cartas a nos estimular reflexões bastante importantes. São elas, no Tarô, Arcano V, O Sumo Sacerdote e Puma, Liderança, Carta Xamânica 17. Ambas apontam para a questão da liderança, o que é muito interessante!

O Arcano V é o arquétipo do mundo espiritual, o sumo sacerdote é um líder espiritual, relacionado a uma crença ou religião. Exerce o papel daquele que representa uma instituição e tem a função de mantê-la coesa e atuante, com suas crenças e valores. O enfoque não é tanto na pessoa mas na sua função diante de um grupo que o segue, porque acredita nos fundamentos e busca aprimoramento. Neste ponto fica ressaltado o discernimento do líder, pois deve exercer sua função pensando no bem-estar de todos e não somente no seu. Mantém uma tradição e visa não dissipa-la mantendo-a com sabedoria. Isto exige dele um grande cuidado, pois deve orientar e não impor, preservando sempre a individualidade dos membros que lidera. A palavra-chave para o sumo sacerdote é responsabilidade nas suas ações, para beneficiar e não prejudicar, tolher.

Aqui é ressaltado o papel da liderança espiritual, embora pode-se estendê-la a qualquer comunidade, que necessite de um direcionamento, para manter-se coesa, equilibrada e em desenvolvimento.

A Carta Puma nos alerta a respeito da habilidade de liderar sem oprimir, sem abuso de poder, evitando o desrespeito e injustiça. Saber discernir entre a hora em que a liderança é necessária e o momento de libertar os outros de sua influência, para que cresçam, é de suma importância. Puma evidencia a capacidade do líder em manter a paz e harmonia em prol da evolução. Seu papel é trazer à tona a verdade, por isso deve vivê-la e ser um exemplo neste sentido, somente assim será respeitado e seguido. É a força da liderança pelo exemplo de dignidade.

Qual a conclusão? Muito clara, não é? Se for necessário assumir a liderança de uma situação, seja ela qual for, só existe um caminho, não fugir da tarefa e executá-la da maneira mais honesta e digna possível, isto é, sendo verdadeiro, sem jogos de poder. É imperativo ter como meta auxiliar aqueles que no momento estejam precisando de alguém que assuma o comando e direcione da melhor forma possível, buscando sempre a harmonização, incentivando os outros a evidenciarem o seu melhor, para que todos encontrem juntos uma boa alternativa para o que for preciso. O verdadeiro líder é um mediador, um harmonizador, um condutor com o proposito de buscar soluções benéficas para o coletivo, nunca em proveito próprio, por questões de vaidade ou práticas de poder manipulativo e opressor. 

O recado está dado! Quem está disposto a abrir mão do seu querer exclusivo para se orientar  ao grupo, tomando a frente afim de que todos cresçam? 

Aqui há um chamamento para o enfraquecimento do egoismo, para que haja o fortalecimento da atuação responsável na construção do bem de todos.

Espero que minhas reflexões sejam úteis. E desejo a todos uma vida verdadeiramente significativa!