Julho de 2019

Em Julho, mais duas cartas nos apontam sinais bem importantes e significativos, nos solicitando atenção para seus influxos. São elas O Sol, arcano XIX do Tarô e O Corvo, carta xamânica 16, a Magia. Esta combinação me sugere um momento divisor bastante expressivo. Em que parece estarmos numa condição de elevação de consciência.

O Sol, traz luz depois de um tempo de escuridão. É a culminação, o símbolo da confiança de que mesmo que tudo esteja difícil e confuso, sempre haverá uma solução e superação. Por maior que seja a tempestade e o céu esteja cinzento, o sol sempre surgirá. É um sinal de que é tempo de celebrar, de que o amor supera o desamor. O calor e a luz que o Sol nos traz é uma recompensa por termos sido resistentes nos embates e não termos nos amedrontado na escuridão. É a celebração dos fortes, daqueles que não se deixaram levar por desafios e pressões externas, por estarem confiantes em suas designações, por saberem que todos os problemas trazem em si as soluções e que onde há escuridão também há luz. É o término de um ciclo e antes que outro se inicie temos um momento de relaxamento, que devemos aproveitar. É o abrandamento da confusão, é a luz sobre o que estava escuro, oculto.

O Corvo, por sua vez, sinaliza uma mudança de consciência, pode estar evidenciando a necessidade de nos defrontarmos com nossos fantasmas internos e com a lei do retorno, indicando que sempre nos retorna o que emitimos ao universo, desta forma conscientizando-nos sobre a magia da vida, permitindo-nos atingir a cura das nossas distorções através da compreensão mais apurada sobre as leis que regem a vida. É o invisível atuando sobre o visível. Pensamos que temos o controle de tudo, mas não é bem assim. Devemos é desenvolver o autocontrole através do autoconhecimento, e atuarmos de maneira integrada e harmônica no mundo em que estamos inseridos. 

O Corvo é também a consciência de que podemos atuar à distância, e irradiar vibrações de cura, através dos nossos pensamentos e sentimentos mais puros e harmônicos. É a atuação do desconhecido trazendo-nos uma experiência nova, sem que possamos ter controle sobre ele

Diante destas duas cartas fantásticas, só posso pensar que estamos diante de um momento ímpar de renovação através da conscientização de que depois da tempestade vem a calmaria, para dar espaço à celebração de que vale a pena não desistir do que se acredita ser justo e edificante. E que por esta resiliência e coerência se chega à culminação, ao ápice da celebração de mudança de patamar, onde pode-se esperar por uma trégua para depois darmos outro passo na direção de novo ciclo, oriundo do que já conquistamos. Com as asas do Corvo abertas sobre nós podemos esclarecer nossa mente de que por traz de tudo que enxergamos há a atuação do que não enxergamos e que acima de nós está a Lei e que todos estamos sob sua égide e que por isso, através da lei do retorno saberemos se nossas escolhas foram positivas ou negativas. O Sol iluminará o que estiver oculto e será impossível escondermos, até de nós, nossos feitos e nossos fantasmas internos. Este é um momento fantástico para buscarmos nossas curas através da consciência mais desperta. 

Espero que minhas reflexões sejam úteis. E desejo a todos uma vida verdadeiramente significativa!