Se reparou, O Diabo já se apresentou em maio, o que desperta indagação. Por quê?
Este arcano XV refere-se à ilusão, às distorções que nossa mente projeta, é a aparência enganosa repleta de vaidades, invejas, apegos. Assinala que a sensação de dependência e vulnerabilidade a elementos externos não é real. Nada nos aprisiona mais que nossas próprias ilusões.
Este arquétipo nos indica que o único caminho para a libertação e desenvolvimento é o autoconhecimento, que gera luz e consciência no terreno movediço dos apegos e desejos, que compõem nossa natureza dual.
Em maio, o arcano XV nos apontava para a necessidade de nos conscientizarmos das nossas ilusões, especialmente por estar em conjunção com a carta xamânica Libélula, a Ilusão. Em junho o cenário se torna mais claro no sentido de podermos modificar nosso estado ilusório por estar O Diabo em conjunção à Alce Americano, que nos traz a consciência da autoestima, e isto gera uma diretriz bastante concreta.
A carta xamânica 11 aponta para a benéfica conquista da autoestima, que se fundamenta na satisfação de fazer bem feito o que se propõe, isto é, as realizações devem ter como critério o aprimoramento da manifestação, não com objetivo de receber aplausos, mas pelo sentido de realizar o seu melhor, para beneficiar o próximo. Aqui vale muito o incentivo e o entusiasmo para elevar a si e o outro, sem competições por posições de destaque, puramente vaidosas. A autoestima é um antídoto para as aparências enganosas e distorções ilusórias que O Diabo propõe.
É bela a conjunção, onde um instiga e desafia e o outro dá o caminho para a elevação e resolução.
Em junho será de grande impulso a ação fraterna, onde palavras e ações de manipulação perdem sua importância, pois na verdade, são armadilhas para aprisionar aqueles que tem seus anseios mais egoístas em alta. São presa fácil aqueles que buscam o reconhecimento externo baseado em vaidades, competições veladas, invejas e grande insegurança interna.
Temos um mês inteiro para nos libertarmos de nossas amarras internas através da prática da sabedoria do dar o melhor de si, sem esperar recompensas, pois recompensa real está no autoaprimoramento e autoconsciência do valor próprio, por experiência e não por adulação e elogios falsos e manipulativos.
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